terça-feira, 16 de novembro de 2021

Tremendous effort, Mick, with a modest result.

 Existem diretores, que quando assistimos seus filmes, nos transportam para um lugar muito especial, cheio de sensações. Assim como quando não queremos que um livro acabe, ou uma música que precisamos ouvir várias vezes, alguns mestres da sétima arte, como Truffaut, Almodóvar, Hitchcock, Bertolucci entre outros conseguem me colocar em êxtase.

Paolo Sorrentino tem 2 anos a mais que eu, é um desses caras magníficos que sabe fazer do jeito dele uma estranha junção de cenas e falas, orquestrando uma explosão estética, um deleite para os olhos e pensamentos.

Youth (2015) reúne um elenco de peso com Michael Caine e Harvey Keitel no centro do protagonismo e também dividindo o talento com atrizes como Rachel Weisz e Jane Fonda. Todos eles noos brindam com seus diálogos e reflexões sobre a velhice, juventude, vida e morte.












Depois de A grande Beleza e The Young Pope, você sabe que o terreno de Sorrentino é sempre onírico, estamos no campo do Das unheimlich (inquietante do Freud) o tempo todo. As bizarrices que lembram seus conterrâneos Fellini e Boccaccio.


Paolo Sorrentino

A tragédia da vida para Paolo não precisa de muito sangue ou cenas barulhentas. Está presente na melancolia de seus personagens. Nos ruídos da natureza. Nas expressões de cansaço nos olhos de seus personagens. 

Fragmentos.

" - Está vendo aquela montanha? 

- Sim ela parece bem proxima.

- Assim é como você vê quando é jovem. Tudo parece estar muito próximo. Isso é o futuro.

Pega o grande binóculo e vira para o lado contrário, fazendo a inversão das lentes, e diz:

- E agora é assim que você vê quando é velho. Tudo parece distante. É o passado.


 

Em Youth, Sorrentino reorienta as lentes da humanidade para a verdade universal. Aquela que é simples e modesta, e constantemente preterida e esquecida. A verdade que é quase esquecida e às vezes constrangedora quando dizemos em voz alta, mas desde o início dos tempos, o mundo continuou a girar por causa dessa verdade única e básica da humanidade: Ame.


Rachel Weisz

Michael Caine









"Oh, the only thing you would ever say to her was ‘Quiet Melanie’. Mommy would explain to us: ‘Quiet, Daddy’s composing. Quiet, Daddy’s resting, he has a concert tonight. Quiet, Daddy’s on the phone to someone important. Quiet, Daddy has Stravinsky coming to the house later tonight’. You wanted to be Stravinsky but you don’t have a single drop of his genius. ‘Quiet Melanie’ were the only two things you knew how to say."


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